Ecofisiologia da soja pdf




















Porm, ainda hoje, so poucas as alternativas ao produtor para amenizar os impactos da ocorrncia de secas, sem aumento nos custos de produo. Na Figura 5, so. O desenvolvimento de cultivares mais tolerantes a perodos de deficincia hdrica, bem como o desenvolvimento de metodologias que auxiliem as plantas a tolerar estiagem, por perodos maiores, sero essenciais na manuteno das produes agrcolas brasileira e mundial, em nveis que possam alimentar uma populao em constante crescimento.

A compreenso dos mecanismos fisiolgicos e moleculares envolvidos nas respostas das plantas aos estresses abiticos ter um papel importante no desenvolvimento de cultivares mais adaptadas s diversas regies com potencial de cultivo de soja no Brasil, auxiliando, dessa forma, na ampliao da produo nacional.

A ecofisiologia de plantas e a biologia molecular so algumas das reas que desempenharo um papel chave nesse processo Figura 7. Temperatura ideal A soja se adapta melhor s regies onde as temperaturas do ar oscilam entre 20 e 30 graus, sendo 30 graus a temperatura do ar ideal para seu desenvolvimento.

A semeadura da soja no deve ser realizada quando a temperatura do solo estiver abaixo dos 20 graus, pois a germinao e a emergncia da planta ficam comprometidas. A faixa de temperatura do solo adequada para a semeadura varia entre 20 a 30 graus, sendo 25 graus a temperatura ideal para uma emergncia rpida e uniforme.

Nas regies onde as temperaturas so menores ou iguais a 10 graus ou nas que so acima de 40 graus h efeitos adversos soja, nestas a taxa de crescimento fica comprometida, alm de ocorrerem estragos na florao, havendo tambm diminuio da capacidade de reteno de vagens. Esses problemas se acentuam com a ocorrncia da falta de chuvas. Na Figura 8, so apresentados a faixa trmica ideal ao desenvolvimento da cultura da soja e alguns efeitos decorrentes de temperaturas abaixo e acima da faixa ideal.

A florao da soja somente induzida quando ocorrem temperaturas acima da temperatura base que varivel de cultivar para cultivar. Normalmente, para as cultivares brasileiras, estima-se a temperatura base em cerca de 13 oC.

As diferenas de data de florao, entre anos, apresentadas por uma cultivar semeada em uma mesma poca so devido s variaes de temperatura. Assim, a soja floresce antes do tempo quando ocorrem altas temperaturas, o que pode acarretar diminuio na altura da planta. Esse problema pode ser agravado se, ao mesmo tempo, ocorrer insuficincia hdrica.

As diferenas de datas de florao, entre cultivares, semeadas em uma mesma poca de um mesmo ano, so devido resposta diferencial das cultivares, principalmente ao fotoperodo. A maturao pode ser acelerada por ocorrncia de altas temperaturas. Quando essas vm associadas a perodos de alta umidade, as altas temperaturas contribuem para diminuir a quantidade de gros e, quando associadas a condies de baixa umidade, predispem os gros a danos.

Temperaturas baixas na fase da colheita, associadas a perodos chuvosos ou de alta umidade, podem provocar atraso na data da colheita, bem como ocorrncia de reteno foliar. Temperatura base: a temperatura abaixo da qual a taxa de desenvolvimento da soja zero, isto , abaixo da qual a planta no se desenvolve. Fotoperodo A adaptao de diferentes cultivares a determinadas regies depende, alm das exigncias hdricas e trmicas, de sua exigncia fotoperidica.

A sensibilidade ao fotoperodo caracterstica varivel entre cultivares, ou seja, cada cultivar possui seu fotoperodo crtico, acima do qual o processo de florescimento atrasado. A soja considerada planta de dia curto.

Devido a essa caracterstica, a faixa de adaptabilidade de cada cultivar varia em funo da latitude. Entretanto, cultivares que apresentam a caracterstica perodo juvenil longo possuem maior adaptabilidade, possibilitando sua utilizao em faixas mais amplas de latitudes locais e de pocas de semeadura.

Semeadura em poca inadequada pode causar reduo drstica no rendimento, bem como dificultar a colheita mecnica, de tal modo que as perdas na colheita podem chegar a nveis muito elevados. Isso porque a poca de semeadura influi na altura da planta, na altura de insero das primeiras vagens, no nmero de ramificaes, no dimetro do caule e no acamamento. Essas caractersticas esto tambm relacionadas com a populao de plantas e com as cultivares.

O perodo preferencial para a semeadura da soja o ms de novembro. De modo geral, para as principais regies produtoras do Brasil, obtm-se maiores produtividades quando a soja semeada entre 20 de outubro e 10 de dezembro.

Fora desse intervalo, h reduo da altura das plantas e do rendimento, o que pode comprometer a economicidade da lavoura. Em reas bem fertilizadas e com alta tecnologia, pode-se conseguir boa produo em semeaduras realizadas at 20 de dezembro. No entanto, para semeaduras de dezembro, recomenda-se evitar o uso de cultivares de ciclo longo, dando preferncia ao uso de precoces e mdias, para evitar perdas por percevejos ou por veranicos.

Para os casos em que se pretende viabilizar a sucesso de culturas, recomenda-se a utilizao de cultivares precoces e dar preferncia semeadura entre final de outubro e 15 de novembro. Em algumas regies j se tornou uma prtica comum o cultivo da soja na entressafra. Cultivo da soja na entressafra Nas reas da Regio Centro-Oeste do Brasil, onde no h ocorrncia de baixas temperaturas limitantes ao desenvolvimento da soja durante o inverno e h disponibilidade de umidade no solo, natural ou por irrigao, h possibilidade de cultivo da soja na entressafra.

Para esta condio, os melhores rendimentos e colheitas mais seguras tm sido obtidos em lavouras semeadas de 20 de abril a 20 de maio. Deve-se evitar o uso de cultivares de ciclo de maturao tardio em semeaduras a partir de 15 de maio, principalmente nas reas mais ao sul, para que a colheita no coincida com o incio do perodo chuvoso. Essa prtica, embora no muito disseminada, mais comum nos estados de Gois e de Tocantins e no Distrito Federal, regies para as quais existem cultivares recomendadas para uso na entressafra.

No Estado do Paran, tambm tem sido praticada a chamada safrinha de soja, est restrita a reas de solos frteis da regio oeste, com temperaturas elevadas e maior probabilidade de ocorrncia de outono-inverno mido. De modo geral, o cultivo da soja na entressafra no uma prtica tecnicamente recomendvel pois concorre para o aumento de inculos de doenas dessa cultura.

Desenvolvimento da planta A caracterizao do desenvolvimento da planta pode ser feita atravs dos estdios de desenvolvimento da soja propostos por Fehr e Caviness, , relacionados idade da planta, em dias aps a semeadura DAS. Estdios de desenvolvimento da soja Fehr e Caviness, 6. Estdios vegetativos Tabela 1 6. Estdios reprodutivos Tabela 2 7. Zoneamento agroclimtico da cultura da soja O Zoneamento Agroclimtico foi consolidado pela Embrapa Soja, a pedido do Ministrio da Agricultura e do Abastecimento para subsidiar o processo de tomada de deciso de vrios setores envolvidos na produo agrcola, em todas as regies produtoras de soja do Pas.

As informaes geradas servem para a orientao de produtores, de tcnicos de instituies pblicas e privadas, e nas decises de poltica agrcola, visando reduzir os riscos de deficincia hdrica a que a cultura da soja est sujeita. Na moderna agricultura, incrementos nos rendimentos e a reduo dos custos e dos riscos de insucesso dependem cada vez mais do uso criterioso dos recursos.

Nesse processo, o agricultor deve tomar decises em funo dos fatores de produo disponveis e dos nveis de risco envolvendo sua atividade, visando a obteno de uma maior rentabilidade. Dentre os fatores de risco, pode-se considerar como principais aqueles referentes s incertezas de mercado e s condies climticas imprevisveis.

Toda e. No so poucos os exemplos de quebras de safra devido ocorrncia de adversidades climticas, causando prejuzos significativos soja e outros produtos agropecurios. Em vrios anos ocorreram significativas quedas nos rendimentos da soja devido a problemas com o clima, principalmente com a ocorrncia de secas. Diante desse contexto, definindo reas menos sujeitas a riscos de insucessos devido a ocorrncia de adversidades climticas, o zoneamento agroclimtico constitui-se em ferramenta de fundamental importncia em vrias atividades do setor agrcola.

Isto leva explorao mais racional da cultura, bem como ao incremento da produo e da produtividade da mesma, trazendo inmeros reflexos positivos economia e sociedade brasileiras. A disponibilidade hdrica um dos principais fatores responsveis pela variabilidade dos rendimentos da cultura da soja, no tempo e no espao. Foram definidas as reas com maior ou menor probabilidade de ocorrncia de deficincia hdrica durante a fase mais crtica da cultura, caracterizadas como favorveis, intermedirias e desfavorveis, em funo das diferentes pocas de semeadura, das disponibilidades hdricas de cada regio, do consumo de gua nos diferentes estdios de desenvolvimento da cultura, do tipo de solo e do ciclo da cultivar.

Esse trabalho teve por objetivo fornecer informaes para subsidiar a definio de polticas agrcolas e a tomada de decises pelo setor produtivo, visando reduzir os riscos de perdas devido a ocorrncia de dfices hdricos. Foram feitas simulaes para vrios perodos de semeadura, os quais so apresentados na Tabela 3, sempre englobando as pocas recomendadas pela pesquisa para obteno dos maiores rendimentos.

Posteriormente, foram elaboradas, para cada estado produtor de soja, tabelas com os perodos de semeadura mais favorveis Tabela 4 sob o ponto de vista hdrico cultura, nos diferentes municpios. Os perodos favorveis no indicam, necessariamente, os perodos de semeadura para obteno dos maiores rendimentos de gros, mas sim aqueles em que h menor probabilidade de perdas por ocorrncia de deficincia hdrica.

Nem todos os municpios listados com perodos favorveis de semeadura so aptos ao cultivo da soja. Alm da disponibilidade hdrica, outros fatores devem ser considerados para avaliar a viabilidade da explorao da cultura com sucesso numa dada regio. Por outro lado, muitas das reas classificadas como intermedirias podem ser enquadradas como favorveis, devido a prticas de manejo do solo e da cultura que permitem a cultura superar curtos perodos de adversidade.

Este trabalho no est finalizado devendo ser aprimorado, levando em conta todo o conhecimento acumulado pelo cultivo da soja no estado h vrios anos. Para ser atingida com xito, esta tarefa exigir mais tempo e a participao de vrios outros segmentos do setor agrcola. Espera-se que estas informaes venham ao encontro dos anseios do setor agrcola, norteando a explorao da cultura da soja em pocas e reas de menor risco, e com maior garantia de retorno dos recursos investidos.

Pular no carrossel. Cultivares que tm a caracterstica perodo juvenil longo tm maior adaptabilidade, possibilitando sua utilizao em faixas mais amplas de latitudes locais e de pocas de semeadura.

Sua expanso sob condies de baixas latitudes foi alavancada com o lanamento de cultivares com caractersticas agronmicas de melhor adaptao s condies edafoclimticas dos trpicos. Semeadura em poca inadequada -pode causar reduo drstica no rendimento, -dificultar a colheita mecnica, perdas na colheita alcanando nveis muito elevados.

Essas caractersticas esto tambm relacionadas com a populao de plantas e com as cultivares. Em reas bem fertilizadas e com alta tecnologia, pode-se conseguir boa produo em semeaduras realizadas at 20 de dezembro. Consideraes Finais Por se tratar de uma cultura de grande interesse por suas vrias formas de utilizao e derivados, existe um investimento tecnolgico grande sobre a cultura, o que trs como consequncia o progressivo aumento na produo mundial e grandes impactos econmicos, tornando a soja a cultura mais importante no cenrio agrcola brasileiro.

Pular no carrossel. Anterior no carrossel. Explorar E-books. Os mais vendidos Escolhas dos editores Todos os e-books. Explorar Audiolivros. Os mais vendidos Escolhas dos editores Todos os audiolivros. Explorar Revistas. Escolhas dos editores Todas as revistas.

Explorar Podcasts Todos os podcasts. Explorar Documentos. Enviado por Filipe Farias. Denunciar este documento. Fazer o download agora mesmo. Pesquisar no documento. Melhorias na Infraestrutura; Vias de acesso Comunicaes Urbanizao 2. Causas da expanso 3. Baixo valor da terra; 4. Desenvolvimento tecnolgico para a produo de soja na regio novas cultivares adaptadas ; 5. Dos elementos climticos, a temperatura, o fotoperodo e a disponibilidade hdrica so os que mais afetam o desenvolvimento e a produtividade da soja.

Temperatura As diferenas de datas de florao, entre cultivares, semeadas em uma mesma poca de um mesmo ano, so devido resposta diferencial das cultivares, principalmente ao fotoperodo. Fotoperodo Sua expanso sob condies de baixas latitudes foi alavancada com o lanamento de cultivares com caractersticas agronmicas de melhor adaptao s condies edafoclimticas dos trpicos.

Consideraes Finais Os estudos ecofisiolgicos permitiram a explorao consideradas da soja inaptas em para regies o seu antes cultivo comercial, com reflexos diretos na produo de carne bovina, suna e de frango, por exemplo. Dono da Comunidade.

Domingos Bihale. Bruno Krevoruczka. Junior Santos. Chavez Hernandez Rey. Felipe Andrino. Farley Braz. Vivy Faria. Lucas Santos. Rodrigo Prince. Ricardo Augusto. Marlon Rodrigues. Isabela Reis. Luis Gustavo Rodrigues Pereira. Sabrina Masceno. Mais de Filipe Farias. Filipe Farias. Teofilo paulo Langa.

Luis Felipe Dias Lopes. Rafael Oliveira. Ricardo Germano de Carvalho. Populares em Chemistry.



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